Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2009

Insensatez na Região Amazônica

Imagem
De: Omiglei da Silva Em agosto de 2003, a companhia elétrica estatal brasileira Furnas e o conglomerado privado da construção Odebrecht apresentaram, em um seminário no Rio de Janeiro organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um projeto para um complexo hidrelétrico e uma hidrovia industrial no Rio Madeira, o principal afluente do Rio Amazonas. Quase imediatamente, o Complexo Madeira foi promovido como o único projeto energético considerado “essencial” para evitar racionamentos de eletricidade no Brasil durante os próximos dez anos – assumindo, portanto, o papel que, até então, havia sido destinado à represa de Belo Monte, no Rio Xingu. Por mais de uma década, a Eletronorte, companhia estatal de eletricidade, tentou forçar a construção de Belo Monte driblando as disputas técnicas e legais e a forte oposição dos grupos ambientalistas e de direitos humanos. Para justificar a opção por essas mega – hidrelétricas, o governo e o setor privado utilizam a e

Quatro anos passaram

Imagem
Homilia de Dom Erwin Kräutler na Eucaristia celebrada por ocasião do quarto aniversário de morte de Irmã Dorothy Mae Stang NDdN. Anapu, Prelazia do Xingu, Igreja Matriz de Santa Luzia, 12 de fevereiro de 2009 Irmãs e irmãos caríssimos em Nosso Senhor Jesus Cristo, meu bom Povo de Deus de Anapu, da Transamazônica e do Xingu, Quatro anos passaram desde o assassinato de Irmã Dorothy. Morreu porque não estava de acordo que a Amazônia fosse loteada entre alguns grileiros. Sonhou sempre com uma Amazônia, terra de todos os povos que aqui vivem, terra herdada das gerações passadas indígenas e ribeirinhas, terra confiada a essa e às futuras gerações para que possam viver e sobreviver sem destruí-la. Nunca foi contra o “desenvolvimento“ como alguns queriam incriminá-la, mas queria um desenvolvimento sustentável. Ela entendeu esse termo como indicador de um desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente responsável. Hoje já estamos mais cautelosos com o termo “desenvolvimento sustentável“ poi