FAMÍLIAS DA "CAJU" SÃO RETIRADAS

Pelo menos 40 famílias devem ser retiradas de uma propriedade na zona rural do município de Candeias do Jamari, resultado de uma ação movida pelo proprietário, Paulo Feitosa de Souza, em que pedia a reintegração de posse de suas terras, um total de 237 hectares que, de acordo com ele, teve a área destinada à preservação ambiental, invadida indevidamente por famílias ligadas à Associação do Micro e Pequeno Produtor Rural do Baixo Candeias, Linha Caju. As primeiras desocupações iniciaram na manhã de ontem.

Do outro lado, os ocupantes acusam o proprietário de se apropriar de mais de 200 hectares além de suas terras e afirmam que Paulo Feitosa ajudou no assentamento das famílias no local. De acordo com o tesoureiro da associação, Edvaldo de Lima, antes de a área ser ocupada, ainda em 2007, foi feito um levantamento junto ao Incra, onde foi constatado que se tratava de terras da União. Ao todo, foram mais de 150 famílias, mas a liminar prevê somente a retirada das que se encontram na propriedade de Paulo Souza.

Francisco Pontes, que estava no local ha quase três anos, filmava sua casa sendo derrubada pela máquina. Ele afirma que, quando chegou ao local, contou com a ajuda do próprio dono, Paulo Feitosa, para localizar o terreno onde se instalaria. “Até ajudar a abrir a estrada ele ajudou, e agora faz isso”, lamenta. Outro produtor, Francisco Chagas, também assistia a demolição da casa e da cerca de proteção do terreno, onde cultivava mandioca, caju e castanha, entre outras culturas, de onde tirava o sustento da família. “Conseguimos que a estrada recebesse cascalho e as crianças transporte escolar, até a energia estava prevista pra chegar em breve, agora não temos mais nada.”, afirma. A maioria das famílias disse não ter para onde ir.

Um oficial de Justiça acompanhou a retirada, com o apoio de policiais militares, que ocorreu de forma pacífica. Entre as trocas de acusações, representantes da associação afirmaram que recorrerão da decisão junto à Justiça, informando que a atitude não foi tomada antes por conta do advogado, que abandonou a causa.

Já o proprietário informou que entrará ainda com uma ação por crime ambiental contra a associação, devido o desmatamento irregular da área.
Fonte: Diário da Amazônia- 21/10/11





Comentários

  1. é isso ai , vao trabalhar ao invés de quererem roubar terra alheia. a justiça demora mas sempre é feita! mais uma vez JUSTIÇA FEITA!

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  2. hoje a metira vence mas a verdade ira aparecer cedo ou tarde uma verdade vale mais que mil mentira ai anonimo si voce nao for un deles voce vai mudar de opiniao eu lhe afirmo o choro pode durar uma noite mas alegria vira ao amanhecer ajustica sera feita no tempo certo pordeus

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