Cassol quer cana de açúcar na Amazônia


Podendo ser cassado, por ter sido apresentado por pastor evangélico na campanha eleitoral como se fosse "representante de Deus na Terra" o senador de Rondônia, Ivo Cassol, mostra o que realmente foi fazer no Senado: Defender as monoculturas e o avance do agronegócio na Amazônia. Nada mais longe da vontade divina de cuidado com os pobres e com a criação, que Deus deixou so nossa responsabilidade.   


Processo de Investigação Judicial Eleitoral trata de denúncia de abuso de poder econômico e político, uso indevido de meio de comunicação social que teria sido praticado pelo ex-governador e senador eleito Ivo Cassol durante um showmício realizado em Rolim de Moura, na campanha eleitoral de 2010, e que contou com a participação do pastor evangélio autodenominado apóstolo da Igreja Mundial, Valdemiro Santiago. 
O procurador regional eleitoral, Heitor Soares, aponta que a situação foi grave porque “baseada no argumento da fé religiosa, da crença das pessoas, abusou-se do poder de autoridade religiosa e da própria liberdade religiosa, garantida constitucionalmente, em prol de candidatos, como se estes fossem - com a benção e as palavras de fé - representantes de Deus na Terra”.
Na Representação o Ministério Público Eleitoral pede a cassação de diploma de todos os envolvidos, cassação de seus registros, que sejam declaradas suas inelegibilidades e aplicação de multas. (fonte tudorondonia).  
O pastor evangêlico agora é apontado como o novo proprietário duma fazenda de Cassol no distrito de Rolim de Moura do Guaporé, município de Alta Floresta do Oeste, RO,  num território reivindicado pelos indígenas wuajuru.

Assim eleito, em pronunciamento no Senado, Ivo Cassol (PP-RO) defendeu a aprovação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 626, de 2011, debatido em audiência pública na manhã da quinta-feira (26.3.12) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).
Esta proposta pretende liberar áreas de cerrado e campos gerais na Amazônia Legal para o cultivo de cana. Este cultivo hoje é proibido pelo Decreto 6961/2009 que exclui o plantio de monoculturas de cana de açúcar para etanol na Amazônia, no Pantanal e na Bacia do Alto Paraguai.
Os agrocombustíveis, como o etanol, estão contribuindo a uma crise alimentar e a fome no mundo inteiro. Ignorando isso e os danos que o plantio da monocultura da cana de açúcar provoca ao bioma amazônico, para Cassol não teria diferença em se plantar cana, soja, feijão ou arroz; pois o preço do litro de etanol é melhor do que o preço do litro de leite. (fonte: tudorondonia, senado)




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