CPT RO cobra apuração de denúncias de abusos policiais

Acampamento queimado por policiais do GOE em 06 de abril de 2013,
segundo denúncias de acampados de Theobroma, foto acampados

Em carta dirigida a Ouvidoria Agrária Nacional hoje, 28 de maio de 2013, a Comissão Pastoral da Terra de Rondônia reitera pedido de apuração de denúncias de abusos policiais, que foram denunciados por acampados de Theobroma contra policiais de Jaru e Ji Paraná. 

A CPT RO já tinha escrito para ouvidoria cobrando apuração das denúncias, que foram reiteradas em declarações na audiência pública da Comissão Nacional de Combate à Violência, realizada em Porto Velho o dia 26 de Abril de 2013.

A CPT RO também cobrou novamente da Ouvidoria Agrária Nacional em 15 de maio de 2013 atuação contra a pistolagem no Acampamento do MST Sílvio Rodrigues, de Alvorada de Oeste, que sofre assedio de pistoleiros da Fazenda Ricardo Franco.


Os fatos denunciados pela Notícias da Terra de 09 de abril de 2013 em Theobroma, teriam acontecido no mesmo mês de abril deste ano e segundo denúncias dos acampados, o Acampamento Fortaleza, de Teobroma, continua sofrendo intimidações por parte de pistoleiros armados da Fazenda Seringal, da "Viuva do Nenê da Nova Vida".

Maus tratos policiais a detidos, queima de um acampamento pelos mesmos, e os atos de pistolagem denunciados, inclusive com participação dum PM ligado a família dos fazendeiros, continuam sem esclarecer, apesar de ter sido detidas três pessoas armadas que declararam fazer parte da "segurança" da fazenda em novembro de 2012.

Atulamente acampados denunciam continuar sendo alvo de intimidações e ameaças por armas pelas mesmas pessoas descritas no dia 09.04.13, onde foi denunciado um Policial Militar, de nome André, genro de Dona Rosa, conhecida como “viúva do Nenê da Nova Vida” e um filho da mesma, conhecido como “Chicau”, que reivindicam a propriedade da citada fazenda, sendo que alguns dos pistoleiros da citada “Fazenda Seringal” foram identificados pelo nome de Davi, “Dedinho”, “Polaco” e Cristiano.

Foi informado por oficiais policiais na audiência pública de Porto Velho (de 26.4.13) quatro pessoas armadas escondidos teriam sido descobertos e três deles detidos pela PM, que dava cobertura ao despejo dos acampados a finais de ano (28, 29 de novembro de 2012) e presos com 01 espingarda de dois canos de calibre 12, 1 carabina de calibre 38 e 02 revólveres de calibre 38, porém foram liberados pouco depois. 

Dois populares e um menor presos o dia 02 de abril de 2013 quando estavam fazendo proteção do acampamento, e denunciaram que estando dominados e no chão foram agredidos por policiais com chutes e botinadas nas costelas e no corpo, quebrando algumas costelas deles, e continuando com as agressões foram introduzidos num camburão, onde jogaram gaz pimenta neles, fechando a porta do capô da viatura policial e abrindo apenas por alguns segundos, vindo um dos detidos deles passar mal, posteriormente foi transferido para outro carro. Em todo tempo, sem se identificar, os policiais impediam os detidos de olhar para eles com chutes e pancadas. Posteriormente continuaram os chutes e agressões nos interrogatórios, com tapas na casa, nas costa, e onde foram ameaçados mostrando um punhal, e eram perguntados sobre as lideranças do acampamento. Ainda, segundo os mesmos, chegaram a oferecer 5.000 $R para um deles se denunciar os nomes das lideranças. Depois de detidos foram levados para o médico, sempre acompanhados em todo momento pelos policiais. Todos teriam sido ameaçados de não contar as agressões para o médico, apesar do qual um deles relatou ter sido agredido. O laudo médico teria ficado com os policiais, que estariam sob comando do Major Plínio na PM de Jaru. Segundo informações do site Rondoniavivo, de 03 de abril de 2013, o efetivo que realizou as detenções seria o Grupo de Operações Especiais - GOE, composto por guarnições da cidade de Ji-Paraná e Jaru, 

Segundo denúncias dos acampados, o dia 06 de abril de 2013, quatro viaturas policias do COE também foram até o local e tocaram fogo em tudo o que tinha no acampamento, situado numa área onde os acampados tinham autorização para ficar e que segundo a denúncia uma família que tinha pertences no barraco teve todos os seus pertences queimados pela ação policial.

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