Jaru: Ato público uniu camponeses e trabalhadores

Manifestação em Jaru 27.6.12. foto: resistenciacamponesa
Na manha deste 27 de julho de 2913, centenas de camponeses realizaram protesto na cidade de Jaru para denunciar a criminalização contra a luta camponesa e os trabalhadores da cidade.  A Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental (LCP) somou-se às lutas populares do Brasil denunciando a violência do Estado brasileiro que nos últimos meses reprimiu camponeses em luta em Rondônia, povos indígenas no Mato Grosso do Sul e no Pará; além da criminalização das lutas populares nas grandes cidades que reivindicam redução de preços de passagens, saúde e educação públicas de qualidade, moradia, etc.
O Ato Público contou com a participação de trabalhadores em Educação que se encontram em greve e populares da cidade de Jaru que denunciaram as condições precárias nos bairros e nos serviços públicos. O Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – MOCLATE denunciou o governador Confúcio Moura em relação ao sucateamento da Educação rondoniense e em relação ao não atendimento da pauta do movimento grevista. “O governo destina milhões para beneficiar o latifúndio, enquanto o povo morre de fome na fila dos hospitais e a educação pública está um caos”, denunciou uma professora que se pronunciou no ato. Fonte : resistência camponesa (continua)
A LCP denunciou que a política do governo Dilma no que se refere à questão agrária, através do INCRA, é a de dividir os camponeses quando não respeita o compromisso assumido de regularizar áreas que já foram cortadas pelos camponeses e que agora são objeto de regularização. “Denunciamos que o INCRA, em diversas áreas em Rondônia, como Corumbiara, região de Jaru e Ariquemes, Seringueiras, tem agido para criar conflito entre os camponeses quando retiram famílias que produziam e destinam a área para famílias que sequer sabemos se existem. Esta é a política do INCRA e da Ouvidoria Agrária Nacional. Já estamos cansados de promessas e prazos longos sem que o governo federal não resolva nada! Por isso defendemos que só o povo organizado, cortando a terra por conta própria, irá garantir o acesso a terra”, denunciou um dirigente da LCP.

O Ato também denunciou a intransigência da prefeitura em não atender as reivindicações dos trabalhadores municipais que se encontram em greve e o descaso com a população dos bairros e do campo em Jaru. “E não é só na cidade que a prefeitura tem abandonado o povo, também no campo e nos distritos. Na região de Tarilândia (Distrito de Jaru) o povo não tem estradas e tem perdido a sua produção por incompetência da prefeitura. Nas áreas Canaã, Raio de Sol e Renato Nathan os camponeses denunciam que além da precariedade das estradas, há a falta de energia elétrica”. Registra-se que a administração municipal tem coagido com ameaça de cancelamento da concessão os proprietários de carros de som que prestarem serviço para os movimentos sociais de reivindicações justas e necessárias. O protesto seguiu pelas principais ruas do centro de Jaru e contou com o apoio de transeuntes e comerciantes que aplaudiram a manifestação.
Outra insatisfação denunciada foram os gastos públicos em relação as obras da copa do mundo, a situação dos operários nas obras do PAC e os escândalos de corrupção que assolam o país. Diversos manifestantes conclamaram o povo a boicotar as eleições. “Não vivemos numa democracia, mas numa falsa. É democracia para os ricos e ditadura para o povo pobre. Quando o povo se organiza e luta é reprimido pela polícia. Por isso convocamos o povo a não votar!”, foi enfático um dos presentes.

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