Rondônia participa do III Encontro Nacional de Agroecologia

Um ônibus com representantes de Rondônia, entre eles agricultores da CPT RO,  participou do III Encontro nacional de Agroecologia em Juazeiro da Bahia. 




Entre os dias, 16 a 19 de Maio aconteceu na Bahia (Juazeiro) o III ENA (Encontro Nacional de Agroecologia), Este encontro teve a presença de todo os estados da federação brasileira e todas as organizações sociais que estão preocupada com o avanço do capitalismo no Brasil, através do Agronegócio (Monocultivo, exportação de matéria prima, uso de veneno, privatização da terra, poluição do campo e cidade..etc), hidronegocio (construção de barragens, destruição dos rios, privatização da água, expulsão de famílias do campo e dos rios..) e Agromineração (roubo dos minérios, destruição do ambiente, massacre das comunidades indígenas, quilombolas, assentamentos de reforma agraria entre outros), projetos este de caráter capitalista que esta colocando em risco a sociedade. 

O III ENA contou com diversas organização do campo e da Cidade que tem como proposta para a sociedade a agroecologia, que tem como base, a produção sadia, socialização da terra, da água, e a relação entre o ser humano com equidade de gênero, afirmando que sem feminismo não há agroecologia, deixando claro também que sem os direitos garantidos, dos negros/negras, indígenas, quilombolas, caiçaras, sem terra, jovens e trabalhadores urbano entre outros despossuídos, não existe democracia e nem possibilidade de construir outra sociedade. 

O ENA foi um espaço de dialogo, mas também de ação e denuncia, onde denunciou os mosquitos transgênicos que esta usando a Bahia como cobaia, a monsanto como uma das empresas capitalista de morte. 

O ENA mostrou força contra o agronegócio, marchando por Juazeiro e ocupando a ponte entre Juazeiro (Bahia) e Petrolina (Pernambuco), deixando claro que se a sociedade não tomar posição que tipo de mundo queremos o futuro não existira com o agronegócio, hidronegocio, agro mineração e outros projetos capitalista apoiado pelo os estados burgues capitalista existente na maioria dos países existente no planeta terra.

Fonte e Foto: Claudio Sandos
Vejam neste link a Carta Política do III ENA.

Segundo o site do III ENA (Encontro Nacional de Agroecologia)  o encontro começou com muita alegria e em defesa da diversidade. (ver abaixo)

Com muita animação puxada pela Fé e Axé, banda da região do sertão do rio São Francisco, a mística de abertura do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), realizado em Juazeiro (BA), envolveu os participantes na defesa da diversidade do povo e da cultura brasileira. Após uma apresentação teatral, contrastando a biodiversidade com as grandes empresas do agronegócio, tocaram músicas típicas e receberam as organizações e participantes, inclusive internacionais, no meio de uma ciranda organizada por regiões e com um grande abraço coletivo.

A coordenadora da mesa de abertura, Maria Emília Pacheco, do núcleo executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), destacou a importância da composição dos participantes: indígenas, agricultores familiares, convidados, apoiadores, dentre outros movimentos e setores da sociedade, representados em 70% de agricultores e 50% de mulheres. Ela apresentou os apoiadores, tanto de empresas estatais e dos ministérios quanto agências internacionais, e representantes dos governos municipal e estadual.

Diversidade racial, étnica e cultural. Foto: Fabio Caffé/Imagens do Povo.

A pró reitora de extensão da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Lucia Marisy, anfitriã do encontro, defendeu que a academia tem uma responsabilidade muito grande na formação de jovens com perfil de valorização da vida, da terra e o conhecimento tradicional. “Muito melhor, mais voltado para as necessidades da sociedade. Com a irrigação na região as populações ribeirinhas estão sofrendo, encurtando suas vidas por conta de produtos agroquímicos e a sociedade é omissa, inclusive a universidade. Precisamos desenvolver práticas para mudar o rumo, para que a agricultura familiar possa se sobrepor em termos de recursos e políticas públicas ao capital”, disse.

É um momento absolutamente positivo no país, ocorreram ontem (15) manifestações com jovens e trabalhadores discutindo o futuro, segundo Selvino Heck, secretário executivo da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO). “No dia 21 de maio a Dilma vai lançar a Política Nacional de Participação Social com o novo marco, assim como o novo marco referencial para as políticas públicas. Estamos vivendo no Brasil e América Latina um momento especial, e a agroecologia faz parte de uma nova utopia real que estamos construindo e precisamos construir”, explicou.

Maria Emília Pacheco, do núcleo executivo da ANA, na mesa de abertura. Foto: Fabio Caffé/Imagens do Povo.

A realização do evento enfrentou algumas dificuldades de infraestrutura e logística, reconhecidas pela Comissão Organizadora, que já estão sendo solucionadas. Mas, de acordo Marcia Muniz, do Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop), o encontro foi pensado cada momento com muito carinho. “É um processo de afirmação e agroecologia em Juazeiro, porque a região tem o agronegócio muito forte, inclusive com um evento anual. Então precisamos visibilizar a agroecologia para fortalecer esse conjunto de experiências que vêm sendo realizadas. Mostrar o quanto a agroecologia é importante, e a troca de experiências durante o encontro, além de apresentar ao governo demandas necessárias dessas experiências”, ressaltou.

“Para alguns o lema pode ser apenas conseguir um alimento mais saudável para sua saúde, para outros o cuidado com a mãe terra, a água, o ar, a biodiversidade, cultura, autonomia dos territórios e por aí vai”, disse Noemi Krefta, do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) que representou a ANA na mesa.



Segundo a agricultora, o III ENA é uma construção fruto de encontros estaduais, de mulheres, caravanas agroeocológicas e outras atividades. “Seu objetivo é destacar a grande expressão da agroecologia que se fez presente nessas caravanas, experiências bastantes visíveis e que não são nichos. Trazem um enfrentamento organizado no partilhamento das sementes, nas plantas medicinais, no alimento saudável e lutas pela preservação da água e ambiente, além da luta contra os agrotóxicos e transgênicos, etc. A valorização das identidades nos territórios, como a organização das mulheres buscando seus espaços de direito nesse processo. A agroecologia como projeto de país, uma forma de vida”, concluiu.

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