Rondônia sediará o IV Congresso Nacional da Comissão Pastoral da Terra- CPT



Para os agentes da Comissão Pastoral da Terra do Regional Rondônia, o fato de ter sido escolhido para sediar o congresso, é motivo de muita alegria.
O Regional reconhece a dimensão do trabalho e do empenho de todos e todas para a realização do evento que desta vez está previsto a participação de 800 delegados e delegadas. 
O evento acontecerá entre os dias 12 a 17 de julho de 2015 na Universidade Federal de Rondônia Campus de Porto Velho. Para a CPT, assim como, para os camponeses , realizar um encontro de trabalhadores do campo, assentados, acampados, sem terra, ribeirinhos, extrativistas, quilombolas, fundo de pastos, quebradoras de coco, pescadores, dentre outros, num espaço acadêmico trás um marco de suma importância para a luta pelo direito do homem e da mulher do campo, sobretudo, aqueles que mais são prejudicados pelo grande capital e pela falta de política do estado.

O Congresso Nacional da CPT é o evento máximo da entidade, espaço de discussão e apontamento de linhas de atuação para um período de 04 anos, tempo entre um congresso e outro. 

O IV Congresso traz o Tema: Faz Escuro, mas eu canto: Memória, Rebeldia e Esperança dos Pobres da Terra.
Além da poesia Faz Escuro, mas eu canto de Thiago de Melo, que em parte inspirou o tema do nosso congresso, vários outros artistas, compositores e poetas já estão se manifestando e enviando suas inspirações para o evento.

Abaixo,  a poesia do Reginaldo, Assentamento Coletivo Luzinei Barreto, Município de Ouro Preto-RO.


FAZ ESCURO, MAS EU CANTO
Memória, 
Rebeldia,
esperança dos pobres da terra
A noite já não é mais noite,
Quando o grito de luta aflora o peito,
Na madrugada que vai sumindo,
Dando espaço ao sol que surgindo,
brilha eterno a cada dia.
Faz escuro, mas eu canto,
Pois meus versos não serão apagados
no frio da balas mórbidas e sem consciência,
Da falta de paciência,
ou na truculência dos sonhos dos exploradores...
Canto, por minha arte ser sincera,
Plantando sementes e colhendo flores,
plantando utopias e amores na terra,
que se faz mãe terra...
Faz escuro, mas eu canto,
a memória dos explorados e oprimidos
que na arte da resistência,
faz brotar novos tempos de liberdade...
Faz escuro, mas eu canto,
a rebeldia de acreditar
na defesa das idéias e ideais dos povos da terra,
que caminham nas trilhas do horizonte...
Faz escuro, mas eu canto,
a esperança  dos pobres da terra que vivem,
que lutam e sonham um mundo melhor.



Francisco Reginaldo – Coletivo Luzinei Barreto

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